Na China Antiga, há mais de dois mil anos, os acupunturistas eram remunerados de uma forma diferente da que conhecemos hoje: recebiam seus salários de acordo com o nível de saúde de seus pacientes. A cada pessoa de uma determinada casa era atribuído um valor; cada vez que alguém ficava doente, o valor referente a ela não era pago. Por isso, prevenir doenças era fundamental. O tempo passou a lição da prevenção permanece.
Além de dominar a acupuntura das agulhas, o acupunturista precisava, como ainda precisa, entender aspectos como o Feng Shui – a influência do espaço no nosso bem-estar e a forma como os locais onde vivemos e trabalhamos se refletem no modo como nos sentimos. Também indica determinados medicamentos, chás, infusões, colocando em prática aspectos fitoterápicos, buscando sempre o equilíbrio dos ambientes e, principalmente, das pessoas.
A pulsologia é igualmente determinante: a partir da análise feita por um profissional conhecedor da acupuntura, antecipam-se desregulações energéticas, promovendo o reequilíbrio e impedindo o estabelecimento de doenças. Na visão da tradição chinesa, antes de adoecer o corpo, a pessoa adoece na energia. Por meio de exame de pulso, é possível visualizar, nos 12 principais meridianos energéticos do corpo, os que estão em excesso e os deficientes, antevendo-se doenças ainda não manifestadas biologicamente.
Na visão da tradição, importa a pessoa que tem a doença, não a doença que a pessoa tem. Na atualidade, vivenciamos uma inversão destes valores. Não há dinheiro que baste para a saúde se não optarmos pela prevenção. No Brasil, os profissionais são remunerados pela doença tratada e não pela saúde que geram aos seus pacientes. Nossa sociedade “está doente” – doença de valores, doença social… Precisamos valorizar mais as pessoas e menos as enfermidades.
Além de nos alimentarmos bem, carecemos adotar hábitos saudáveis, valorizar a prevenção e os valores e princípios sociais, cuidando, principalmente, do equilíbrio e do bem-estar das pessoas para que elas possam ter equilíbrio energético e, consequentemente, saúde.
fonte: O Povo
